# DÓLMEN de ANTELAS
Local: Arca | Concelho: Oliveira de Frades
Classificado como Monumento Nacional em 1990, o Dólmen ou Anta pintada de Antelas é um dos mais importantes vestígios materiais da cultura megalítica em Portugal. Este monumento do megalitismo nacional localiza-se entre as povoações de Pereiras e Antelas, a cerca de 5 km da vila de Oliveira de Frades.
A primeira referência ao dólmen surge numa publicação local da autoria de Amorim Girão e editada em 1921. As grandes escavações de 1956, conduzidas pelos investigadores Luís de Albuquerque e Castro, Octávio da Veiga Ferreira e Abel Viana, permitiram estudar devidamente este monumento megalítico. Concluída a campanha e retirado o espólio que nele se encontrava, o dólmen voltou a ser coberto de terra, solução provisória que pretendia preservar o local, particularmente as suas delicadas pinturas bicromáticas.
Este dólmen constituía-se como um santuário, onde se invocariam as forças da natureza e se efetuariam rituais e práticas mágicas, como o testemunham as pinturas que cobrem os esteios da anta.
Os vestígios materiais encontrados nas escavações são constituídos exclusivamente por instrumentos em pedra, com destaque para três machados de pedra polida, uma placa lisa de xisto, uma faca de sílex e diversos micrólitos, igualmente em sílex. Este espólio lítico ajudou à datação relativa da anta megalítica, que se situará, provavelmente, entre os 4500 e os 3500 anos a. C.
Câmara do dólmen de Antelas, que exemplifica o diálogo da arquitectura interna com a iconografia pintada e gravada. Montagem de MJS sobre originais de Domingos Cruz e Fernando Barbosa (Cruz, 1995) (Sanches, 2010).
Caraterísticas
Esta anta ou dólmen beirão é formado por uma câmara poligonal de oito esteios de pedra e uma galeria de cinco metros de comprimento e nove esteios, atingindo uma altura máxima de 1,30 metros. Todos os esteios da cripta camarária ostentam pinturas a preto e vermelho. Nestas representam-se figurações antropomórficas estilizadas, símbolos alusivos à Lua e ao Sol, motivos decorativos geometrizantes – como linhas serpentiformes e ziguezagueantes -, labirintos, dentes de serra e outros.