ENQUADRAMENTO - LOCALIZAÇÃO DO MOSTEIRO
O Convento de São Cristóvão de Lafões ou Real Mosteiro de São Cristóvão de Lafões (o seu nome oficial no seio da Congregação de Alcobaça à qual pertencia) fica situado num morro sobre a ribeira da Landeira, perto da Gralheira, no concelho de São Pedro do Sul, distrito de Viseu, Portugal.
História do Convento
A fundação deste mosteiro (calcula-se que em 1123) deve-se a frades da regra de Santo Agostinho, que aderiram logo em seguida à Ordem de Cister. A fundação do mosteiro é anterior à fundação de Portugal, embora tenha sido totalmente reconstruído no século XVIII.
Terá sido o abade João Cirita que, juntando os eremitas que pelas encostas do Vouga viviam isolados, e com o apoio de D. Teresa, mãe de D. Afonso Henriques, obteve licença para a sua construção.
Alguns historiadores são da opinião de que o verdadeiro fundador do mosteiro foi João Peculiar e não João Cirita, mas que, em virtude de João Peculiar ter sido chamado a desempenhar outras funções importantes, ficou o mosteiro, logo no início, sob as ordens de João Cirita, e daí o seu nome estar associado à sua fundação.
Em 1163 o convento adere à ordem dos monges cistercienses, como aconteceu a quase todos os mosteiros beneditinos.
A sua igreja, depois de ter sofrido dois incêndios, foi reconstruída pela terceira vez em 1704, apresentando um plano octogonal. A igreja foi sagrada em 1761.
Os arquivos deste mosteiro perderam-se no incêndio do seminário de Viseu.
O convento foi extinto por um decreto publicado pelo regime liberal, em 30 de maio de 1834, juntamente com todas as ordens religiosas existentes em Portugal.
Atualmente este convento foi transformado em turismo de habitação, tendo para o efeito sido completamente recuperado, mas perdendo um pouco do seu aspeto secular.
Foi classificado como Monumento de Interesse Público (MIP) pelo IGESPAR em 14 de junho de 2010.
Atualmente este convento foi transformado em turismo de habitação, tendo para o efeito sido completamente recuperado, mas perdendo um pouco do seu aspeto secular.
Aqueduto das Águas Reais
Implantado em pleno vale do Vouga e enquadrado por um cenário de grande beleza natural, o Aqueduto das Águas Reais fornecia a água para o Mosteiro de S. Cristovão de Lafões, a partir de uma mina situada a 800 metros de distância. Localizando-se a apenas 150 metros deste mosteiro cisterciense, boa parte da estrutura do aqueduto ainda se mantém intacta, constituindo um bom exemplar deste tipo de engenhos. De arquitetura setecentista, o aqueduto mede cerca de 100 metros e é composto por um portão brasonado com as armas reais e as de Claraval, que suporta, com os pilares de granito que se lhe seguem, a calha que levava a água para o mosteiro.
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